segunda-feira, 9 de junho de 2008

Contos de Sonhos

Olá,
Sabe aqueles sonhos que acordamos lembrando de todos os devaneios, pensamos "como consegui sonhar tudo isso?" e anotamos ou fazemos desenhos ou qualquer outra coisa para não esquecermos mais dele?
Pois bem, eu desenho e se o sonho for muito bom mesmo eu conto histórias.

Começo este post contando o meu primeiro sonho que se tornou em uma história. ou melhor, contando minha primeira história que veio de um sonho.

Não faz muito tempo eu estava passeando com uma amigas pela noite de São Paulo, quando me vi no desespero de usar o banheiro. todas no carro e sem destino resolvemos parar no banheiro público que havia em uma praça.

Ao entrarmos, o banheiro parecia muito maior do lado de dentro. E era mesmo o cubículo da praça se mostrou muito espaçoso, com 5 portas, paredes e pias de mármore rosado e torneiras douradas, além dos espelhos em todos os lados e dos lustres de época.

Terminamos de lavar as mãos e voltamos para o carro. Quando minha amiga lidou o carro me lembrei que havia esquecido o casaco no banheiro e voltei para pega-lo. lá dentro não havia sinal dele em lugar algum, o banheiro estava vazio. Olhei para o lado e vi uma pia com a torneira aberta e um espelhinho de bolsa (daqueles de abre e fecha) do lado.

Abri o espelho, mas o que vi não foi meu reflexo e sim um arlequim.

Em seguida vi um monte de fumaça e quando dei por mim estava num vestiário, cheio de fumaça, bailarinas, palhaços, arlequins, malabaristas etc. todos me cumprimentavam com olhares e sorrisos, mas nenhum falava.

Continuei andando por lá, queria achar meu casaco. Saindo do vestiário fui parar nos mais diversos corredores. Eles eram empilhados do chão ao teto de coisas. Em um deles haviam geléias de todos os formatos e sabores, em outro botas e sapatos eu até dei uma olhadinha nos sapatos, coloquei alguns mas eu queria meu casaco! Haviam corredores longos e curtos, altos e baixos, claros e escuros, mas nenhum deles continha meu casaco.

Foi então que ao passar por uma porta avistei de longe um corredor com a parede colorida e fofa. O corredor dos casacos!!!! Viva!!! O corredor era tão extenso que achei que ficaria lá para sempre. Casacos de todos os tipos, todos os tecidos e botões! Estranhamente fui direto ao meu casaco. E disse: Olha! Meu casaco!

Eu o vesti como se fosse a coisa mais normal do mundo ter perdido o meu casaco num mundo que ficava dentro de um espelho, e quando eu pisquei já estava de volta ao banheiro publico da praça.

Do lado de fora ouvi uma voz gritando por mim. Eram minhas amigas esperando. Nossa, quanto tempo será que fiquei lá dentro? Entrei no carro e elas disseram, nossa que rápida!

Eu fiquei quieta, dei uma risadinha falsa e me afundei em pensamentos. Abri a janela para respirar um pouco e quando coloquei a mão no bolso do casaco um susto! O espelho!

Me segurei para não abri-lo de novo.
Só quando eu perdesse algo!